Francisco Michetti nasceu em 04 de Outubro de 1915, em um lugarejo
chamado Feijão Cru no município de Caconde – SP, 2º filho de Giuseppe (José) e
Mariana Michetti, o pequeno Francisco desde pequeno sempre foi uma criança
esperta e bem comunicativa. Cresceu nas fazendas da região de Caconde e
Tapiratiba. Em 1932, com apenas 17 anos de idade, foi recrutado para abrir
trincheiras para os soldados constitucionalistas na Revolução de 32, em meados
de 1935 já após o fim da revolução, o jovem Francisco foi servir o Exercito
Brasileiro com soldado no 10º Regimento da Cavalaria em Bela Vista – MS, fato
que muito o orgulhava, guardava com muito cuidado sua reservista até o fim de
sua vida, como se fosse um troféu. Mas com a adesão do governo Brasileiro na 2º
Grande Guerra Mundial, ele pediu dispensa do serviço militar, mas como a
dispensa era dada somente aos soldados que já fosse casado, a dispensa foi
negada, por fim usando de esperteza em uma de suas folgas foi para sua casa em
Caconde e como já namorava pediu para apressar seu casamento, e assim foi feito
ele se casou em primeira núpcias com a jovem
Rosa Zuliani, com quem teve 05 filhos, Romeu, Romilda (in memória),
Benedito (in memória), Aparecida e Henrique (in memória).
Em 1948 na expectativa de melhor qualidade de vida, junto com a família
de sua esposa ele parte para o norte do estado do Paraná para trabalhar em
lavouras de café, mas em 1950 aos 30 anos de idade sua esposa falece vitima de leucemia,
momento difícil em sua vida, viúvo e com filhos pequenos para criar, ele
resolve voltar pra São Paulo, onde ficaria mais fácil criar os filhos, porem o
destino mudou o rumo da historia, ao procurar o Fazendeiro da fazenda que ele
era meeiro, o fazendeiro se comprometeu em arrumar um novo casamento a ele,
para que não fosse embora da fazenda, e assim o fez, uma historia interessante,
o próprio Francisco contava que, o fazendeiro arrumou um jantar, na casa da
sede e convidou o seu futuro sogra para jantar junto com eles, mas pediu que
levasse suas filhas, na ocasião ele foi e levou suas 03 filhas, durante o jantar ele ficou de olho nas jovens
moças e se interessou pela mais velha que era a jovem Venância Claudina da
Costa, após o jantar começaram a manter contato, até o dia que ele criou
coragem e foi pedir ao futuro sogro permissão para namorar e casar, e assim se
fez, no dia 21 de Maio de 1951 eles se casaram e desta segunda núpcias nasceram
os filhos Neusa, Clarice, Célio, José Reinaldo, Acir (in memória), Marli,
Célia, Maria Dirce e Sirlene.
No estado do Paraná morou em diversas cidades, no final do seu ciclo
em fazendas no Paraná foi trabalhar na Fazenda Ipomeia no município de Cambé –
PR, lugar muito bom de viver, mas pelo seu trabalho consegui comprar 40
alqueires de terra, começou a desbravar a terra que era inteira de mata fechada e
plantar café, mas como os recursos eram poucos, os filhos eram pequenos e o
café enfrentava um serie crise no seu preço, ele resolveu deixar tudo e voltar
para o Estado de São Paulo , e assim o fez em finais de 1963 a família
desembarca na Estação Ferroviária de Casa Branca, vindos do Paraná, por um
pequeno período eles recebem ajuda, como pouso e comida na hotel da sua irmã
Maria, mas já em seguida seguem para São Jose do Rio Pardo morando por apenas
01 ano.
Neste período Francisco consegue emprego na Usina São Luiz de
Propriedade de Mario Dresselt Dedini no município de Santa Cruz das Palmeiras,
toda família se muda para a Fazenda São Joaquim, posteriormente para Fazenda
Santana do Baguassu, trabalhou nestas fazendas
como agricultor, fiscal de turma e jardineiro. Após se aposentar em 1980
ele deixa de trabalhar nas lavouras canavieiras e passa a morar na cidade, e foi
trabalhar como zelador em uma escola do município, uma curiosidade que ele
plantou um muda de Ipê Roxo na escola, o Ipê cresceu é um das arvores mais
linda do centro da cidade, chama a atenção de todos que passam e vêm sua beleza
principalmente em época de aflorada
, esse fato o orgulhava muito, não conseguia
ficar parado trabalhou até a idade de 78 anos.
Em 1990 faleceu seu filho mais novo dos homens Acir (carinhosamente
conhecido como Nenê), e quando toda família se recuperava desta perca, faleceu em
22 de Fevereiro de 1993, sua segunda esposa. Francisco era um homem de muita
força, ainda teve que passar pela dor de sepultar mais dois filhos Henrique
(1997) e Romilda (2008).
Era um ranzinza por natureza, mas
um amante da vida, sempre dizia que morreria quando quisesse porque ele lutava
contra a morte e assim o fez, viveu longos 95 anos, e viveu muito bem , sua
mentalidade era de uma pessoa jovem, que sabia interpretar as mudanças da época.
Faleceu e foi sepultado em Santa Cruz das Palmeiras no dia 18 de Agosto de
2010.
ele foi guerreiro deixou muita saudades,tenho certeza q deve estar olhando por nois la de cima
ResponderExcluirtenho muito orgulho de ter sido neto do "Velho Chico", sempre senti seu carinho e amor por mim, e retribuía a ele, sei que a vida foi cruel com ele, por isso tentava compreende-lo, mas guardo ele vivo em meu coração e em minha memória.
ExcluirTive o prazer de conhecer esse tio fofo... Ele foi no meu casamento, lembro muito bem dele , dancei com ele e tudo neste dia ...ele era um ótimo pé de valsa. Saudades tio Francisco , voce está guardado no meu coração.
ResponderExcluirAlou! mais um Michetti perdido pelo Brasil.
ResponderExcluirFelipe Rodrigues Michetti
e-mail: frmichetti@gmail.com
Linda história.
ResponderExcluirLinda história.
ResponderExcluirEstou conhecendo a história da minha nova família 👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirSaudades eterna do velho vô Chico, era ranzinza mais todos amava ele, ele vive eternamente em nossos corações
ResponderExcluirA fazenda Santana de Baguassu era do meu bisavô, vocês tem mais informações sobre a fazenda? Minha mãe passou a infância lá e tem curiosidade de visitar a fazenda. Att, Guto
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